sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Uma infâmia em curso

Mr. Chips: o tempo em que os professores eram livres de ensinar...


Voltei a falar, aqui, dos professores.

É que me dói!

Devo-lhes muito, para não dizer tudo.

À frente de nossa casa, está uma Escola Secundária, que, todos os dias, me lembra a aventura do ensino.

O sacrifício, a abnegação dos professores.

E me proporciona-me o diálogo com alunos.

E com professores.

Sei das ambições de ambos: professor e aluno.

E sei como a frustração vai crescendo, em ambos.

O futuro de um país é a sua Cultura.

É o ensino.

Eis dois valores desprezados.

Abandonados.

Em vias de destruição.

Sei, também, que há milhares de jovens que abandonam o país.

Sei que há mais de trezentos mil jovens que andam por aí, sem estudar nem trabalhar.

Sei que há centenas (milhares?) de jovens qualificados que procuram lá fora modo de vida.

Trabalho.

Realização profissional.

Realização humana.

Nunca esqueci a extraordinária novelinha de James Hilton, Goodbye, Mr. Chips, que li ainda adolescente e releio agora e me emociona, sempre.

É o retrato de um professor que tudo dá de si e morre com a sua obra a aquecê-lo.

O retrato dos professor português de hoje e aqui é o de uma pessoa que desespera por não o deixarem dar aquilo que ele quer dar.

4 comentários:

  1. Uma profissão não valorizada, e que os nossos alunos hoje em dia, não sabem estimar e respeitar.
    Um abraço!

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  2. A profissão não só não é valorizada como é altamente prejudicada.

    Mas os alunos já perderam o pé e compreende-se: também eles são ignorados pelo ME.

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  3. Obrigada por reconhecer valor aos professores.
    Isabel

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  4. Os professores merecem todo o respeito e todo o apoio.

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